" Certa vez, numa das missões que apenas sobravam para o soldado, ele indagou o tenente sobre o que tinha de fazer:
- Ainda não entendi o que eu terei que fazer. Explique novamente, certo?
- Soldado, você terá que cuidar da segurança de uma pessoa. Mas essa pessoa corre o risco de se envolver com você. Ela é extremamente emocional. Cuidado com tudo que você passou, pois ela poderá se machucar.
- Acho que o risco é o contrário, mas tudo bem, estou pronto.
O soldado foi levado para o local da sua missão. O nome da pessoa que ele protegia é Maria. Ela tinha 29 anos e estava correndo perigo de vida. O tenente havia perguntado se ele queria alguma arma, mas o soldado confiava em suas mãos e em uma faca que ele sempre levava amarrada na sua perna direita. Olhando o relatório sobre a Maria, algumas coisas interessantes foram observadas.
- Solteira faz pouco tempo;
- Temperamento forte;
- Família de outro país;
O soldado pensou que se trabalho seria fácil. Ao chegar na casa, Maria demonstrou total rispidez com ele.
- Vou ficar andando para garantir a segurança da casa.
- Esse é o seu trabalho. Espero que você não me incomode muito.
O soldado pensou como seria o mundo dessa mulher. Ela era bonita sim, mas tinha uma arrogância tremenda. A tarde estava indo embora, quando o soldado entrou para trabalhar dentro da casa.
- Seu serviço é fora da casa, aqui dentro mando eu.
- Desculpe-me senhora, mas como a noite é bastante clara, vou ficar do lado escuro e caçar os ratos que se escondem nas frestas de luz.
- Engraçadinho você, né?
- Pode ir trabalhar no seu quarto. Qualquer coisa, eu irei lhe incomodar, mas pensarei duas vezes ao fazer isso.
Os dias foram passando e ambos começaram a se tratar com mais respeito.
- Precisa de alguma coisa?
- Não, muito agradecido!
Mas um dia, uma ação da Maria, deixou o soldado em pânico. Ela foi tocar nas suas costas e quase toca do lado esquerdo. Ela pressentiu que ele ficou meio que tremendo e perguntou:
- Fiz algum mal a você?
- Não, mas é que do lado esquerdo do peito, trago mágoas e muitas marcas tristes que jamais me orgulham.
De repente, a janela foi quebrada. O soldado pegou Maria e saiu correndo pra fora da casa. Eles adentraram para um matagal. Depois de 30 minutos de correria, o soldado sentiu algo entrar nas suas costas e caiu. Maria ficou espantada com a cena vista. O soldado estava caido com a faca enfiada nas costas, do lado esquerdo, aonde Maria pôde notar muitas cicatrizes.
Saia muito sangue, quando Maria resolveu tentar tirar a faca, mas sem sucesso. O soldado então falou:
- Apoie uma das mãos no meu lado esquerdo. Empurre a faca um pouco e puxe.
Nesse momento, ao tocar as costas do soldado, Maria tremeu e sentiu tudo girar...(continua...)