- Alguem sabe que horas são? - Jair perguntou.
- Não sei, mas pelo que vejo da claridade, deve ser umas 6 ou 7 da manhã. Temos que seguir viagem. Já se alimentaram? - Perguntei
- Acho que todos não estão com fome, mas querem estar a salvos e voltar para suas cidades. Ainda falta muita coisa para chegarmos no local de salvamento? - Perguntou Janice
- Estamos na metade do segundo caminho. Temos que atravessar mais 3 ou 4 montanhas e ai, chegaremos num vilarejo que serve de divisão com o pais onde vocês irão se refugiar e esperar a liberação. Se tudo der certo, dentro de poucos dias vocês estarão a salvo! - Falei
Todos resolveram levantar e seguimos nossa caminhada. O sol estava frio, mas mesmo assim, estavamos vestidos para parecer nativos do local/ambiente.
As subidas não eram das mais fáceis. Além de serem muito ingremes, tinhamos ainda mais um problema: Cansaço.
- Minhas pernas estão pedindo descanso. Podemos parar, Soldado? - Perguntou Cléo.
- É melhor continuarmos. Daqui a pouco teremos novidades boas! - Falei
Eis que do nada surge uma voz:
- Soldado, responda. aqui é o Tenente. Qual a sua posição? - disse o Tenente via Rádio.
- Tenente, aqui é o Soldado. Estamos com todos os Reféns a salvo. Estamos indo para a terceira parte do caminho. Alguma recomendação? - Perguntei
- Cuidado. Um grande líder de um povo que luta pela libertação foi assassinado. Ele iria ajudar o seu grupo a chegar a salvo até o ponto de salvamento, mas parece que um bando de beduinos o assassinou cruelmente e eles querem vingança. - Falou o Tenente.
- Certo chefe. Teremos cuidado! Vou desligar - Falei
Fiquei pasmo ao saber que matei uma pessoa que poderia nos ajudar a diminuir o caminho e facilitar a travessia. Pensei até que a missão estaria em risco por minha culpa, mas eu havia sido treinado para situações adversas na vida.
- Atenção a todos. Infelizmente estão a nossa procura. Temos que ganhar tempo. Não iremos perder tempo para comer e dormir. Iremos comer no caminho e com relação a dormir, reduziremos o tempo perdido. - Falei
Percebi que todos chiaram, mas tiveram que concordar.
Faltava apenas uma montanha a ser atravessada para iniciarmos a chegada no vilarejo e posteriormente a procura da saída a fim de adentrarmos na floresta que limita a divisão do pais.
Eis que surge um garoto e vem a minha direção dizendo:
- O que vocês querem nessa terra que não lhes pertence? - Disse o garoto
- Apenas queremos passar. Somos um grupo de viajantes que lutam pela sobrevivência. - Falei
- Garoto, se você tiver um pouco de coragem, você vai nos ajudar a sair daqui. - Falou Moá
- Mais um passo e vocês serão crivados de bala. Para passar aqui, tem que pagar um alto preço. - Falou o Garoto.
- Qual seria seu preço? - Falei
- Estamos querendo pegar uma pessoa. Ela estaria numa missão de ajudar um grupo perdido a se salvar. Como vocês são viajantes e nativos, acho que não são vocês. Se vocês souberem quem atirou nele, nos deixaremos passar. - Falou o garoto.
- Eu atirei. Ele queria matar esse garotinho sem ver quem era. Atirei por engano. Acabei matando certeiramente - Falei
- Causa nobre....tudo bem, podem passar......e acenarei para dizer que vocês são pacíficos - Falou o Garoto.
Todos estavam mais aliviados com o desenrrolar dos acontecimentos, mas como tudo na vida tem seus poréns, eis que chega uma pensagem enviada por um falcão do deserto
"Grupo parecido com nativos matou o lider do grupo da libertação. Quem mata-lo, terá uma boa recompensa. Quem souber onde ele está, terá direito a um ministério no novo governo"
Estavamos começando a ver o vilarejo, quando do nada, escutei um tiro. Continuei caminhando quando senti uma forte dor aguda na perna. Olhei para o chão e vi algo vermelho na terra. Desmaiei no mesmo instante.
Do nada, o mesmo garoto de antes aparece e diz:
- Você mentiu. Iria passar limpo e receberia ajuda para seu objetivo, mas esse é o preço que você terá que pagar para completar sua missão.
- E atirar pelas costas é o que vocês fazem? - Perguntei
- Não, mas você traiu nossa confiança e vai ter que levar essa marca consigo por toda vida. Essa bala sairá facilmente da sua perna, mas ela certamente vai deixar uma cicatriz imensa.
Mal conseguia me levantar. Tive que retirar a bala a força(e bote força nisso, pois doeu muito) e esperar o sangramento sanar para continuar a descida. Na primeira casa do vilarejo que vimos, entramos e resolvemos parar para descansar.
Foi ai que minha febre iniciou.........
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