domingo, 5 de outubro de 2008

Sacrificios na Vida, Introdução

Após ler a cartinha da menina, fiquei bastante sensibilizado. Era de se esperar que ela sentisse saudade dos pais, dos amigos e da vida que ela tinha, mas ela sequer demonstrou isso. Ela estava bastante grata pelas suas atitudes, mas quando ela percebeu que um sentimento chamado ODIO estava crescendo dentro do irmão dela, nada haveria de ser feito para reverter essa situação.

Pela manhã, voltei ao meu trabalho e eis que surge o Tenente.

- Soldado, tenho uma nova missão para você.

- Lá vem coisa. Diz logo Tenente!

- Você estará encarregado da missão de salvamento dos cinco sobreviventes que estão numa cidade que fica em meio a uma guerra civil.

- COMO? Missão suicída, né? E porque eu?

 - Simplesmente pelo fato que você é o ÚNICO soldado que resolve as coisas sem precisar de munição. Você sempre volta com suas armas sem dar um tiro sequer. Portanto, você vai e ponto final. Depois, conversamos. Saída das três da manhã e você será solto no local pela manhã. Vá se preparar.

Sabem, as vezes eu queria saber falar não, ou também queria saber tratar mal as pessoas. Sempre me fazem de bobo, besta, tolo, burro e sequer ligam para o que eu penso, apesar de que, sempre faço o que me pedem, ou sempre deixo as pessoas alegre, independente delas fazerem ou não o mesmo.

Depois disso, fui dormir. Quando me dei conta, estava no avião, já vestido e surpreso. 

- Quem teve a ousadia de vestir e me colocar agora no avião? - Perguntei revoltado

- Eu, pois a situação estava fugindo do controle. Antecipamos sua chegada para que você trabalhe mais cedo. - Indagou o Tenente.

Fiquei calado.

Passou umas três horas quando saltei do avião. Pousei em meio ao caos que estava a cidade e corri para achar a casa com a marcação que a diferenciaria das outras. Ao chegar, bati constantemente para que eles abrissem a porta e identificassem o sinal. Logo que pus os pés dentro, comecei a falar:

- Bem, sou o Soldado recrutado para tomar conta da segurança de vocês até os limites da fronteira ao norte. Gostaria muito que o líder de vocês viesses a minha pessoa e falasse um pouco sobre cada um e o estado de vocês. Sairemos o mais breve possível. 

Eis que um rapaz veio até a minha pessoa.

- Me chamo Moá. Sou o pacificador daqui. Estamos em 5, contando comigo. Temos Jair, um senhor idoso. Temos também duas irmãs, uma de 17 anos chamada Cléo e outra de 32 chamada Janice. E por fim, temos uma criança de 4 anos, o Joabe. Ninguem tem problemas aqui. podemos sair assim que você quiser.

- Temos um problema sim. A criança de 4 anos requer um cuidado específico. Vocês terão que se revezar no cuidado dela.

Saimos logo em seguida. Percebi que as irmãs estavam se estranhando por causa de algum assunto. A caminhada levaria mais ou menos cinco dias. Sair da cidade mais parecia um problema, mas conseguimos facilmente por causa da baixa claridade. O mais terrível seria atravessarmos as zonas onde era necessário pagar alguma coisa para passarmos sem sermos incomodados......(continua)