quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Saudades de certos anos, parte 2

O ano comentado agora é o de 2000.

Passei a virada de ano com meu avô (1999-2000). Meu natal em 99 não foi um dos melhores, mas certos acontecimentos me fizeram mudar do nada. Resolvi ser a única pessoa viajando sozinho dentro do onibus para Conquista e no outro dia, para Caetité.

Meu pai apareceu no ultimo dia do ano, por volta das 7 horas da noite. Minha avó foi recebe-lo. A cena foi chocante, pois o grau da doença estava muito forte. Ela tentou muito lembrar do nome, mas não conseguiu. Todos choraram.

Naquele ano, eu estava buscando um equilíbrio das minhas emoções e demonstrar para meu PAI que teríamos que ser mais que amigos. Janeiro foi corrido, pois saia com os amigos, ia pro Center lapa esquecer dos problemas e minha casa jamais seria a mesma sem minha mãe com sua voz doce.

O coroa estava enrolado com duas pessoas e ele sabia qual eu estava torcendo para dar certo, mas acabou não acontecendo. Meu avô, veio para fazer uma cirurgia necessária e eu fingia não acreditar no estado da doença da minha avó. Meu pai crescia dentro da empresa na mesma medida que minha avó ficava cada vez mais sem lembrar os nomes dos entes mais queridos (só não esquecia o do Marido).

No colégio, resolvi assumir responsabilidades, mas quando tudo caminhava bem, recebi um golpe. fiquei desnorteado e levei o resto dos dias de maneira como dava. Passei de ano com meu pai não acreditando no feito. Fui passar a virada de ano com meu primo, sendo que uma pessoa estava querendo cortar meu barato. 2000 foi o ultimo ano que eu vivi diariamente com meu pai, todos os dias.

2001, iniciou com ele realizando um sonho: Gerência Geral de uma agência de banco.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Saudades de certos anos, parte 1

1999

Esse foi um ano de dois pesos, duas medidas. Perdi minha mãe, sofrendo desde o final de fevereiro até o fim de maio. Eu ainda me pergunto como consegui carregar o peso de ter minha mãe internada por vários meses e seguir como se nada tivesse acontecendo. Como eu consegui passar o dia das mães sem estar do lado dela.

Após a morte, tive que reinventar meu jeito de ser, minhas maneiras e buscar um novo sentido para "FELICIDADE". Saudades dos shows que fui, como Eva e Jota Quest e os acontecimentos daquele show, as confusões nas viagens para Caetité, ocasionadas pela empresa de onibus, pelos clipes da MTV que me divertiam e faziam esquecer da saudade do meu pai, que estava trabalhando fora de Salvador.

E a campanha do Vitória naquele ano? Estávamos nas semi-finais e eu fui no aeroporto, ainda arcaico... Por falar nele, uma lembrança do passado de todos os domingos... Eu adorava passear no aeroporto, observar o povo desembarcando e embarcando, ver as aeronaves subindo, o lanche da palheta... Eu gostava desse tipo de passeio.

Voltando ao assunto, 99 foi o único ano que fiquei de recuperação, tive amigos de verdade dentro do Colégio Apoio (Márcia, Milena, Tiago) e sim, me diverti bastante!

As vezes, quando vejo algo que me lembra aquele ano, bate uma saudade tremenda...